Médicos recusam vagas e prefeitura de Sorocaba não consegue contratar

Para tentar solucionar o problema da falta de médicos nos postos de saúde na cidade de Sorocaba (SP), reclamação frequente dos pacientes, a prefeitura abriu prazo para uma contratação emergencial. O problema é que o número de candidatos foi menor que o de vagas oferecidas.

Para saber o motivo do desinteresse em trabalhar no serviço municipal de saúde, a reportagem ouviu o Sindicato dos Médicos. De acordo com Antonio Sérgio Ismael, presidente do sindicato, Sorocaba paga R$ 41 por hora trabalhada, enquanto o valor é de R$ 51 na cidade de Votorantim (SP), mais de R$ 80 em Piedade (SP) e passa de R$ 100 em Araçoiaba da Serra (SP), cidades vizinhas.

Segundo o sindicato, no último concurso aberto pela prefeitura de Sorocaba, o número de inscritos foi menor que as 73 vagas disponíveis. Nos seis concursos abertos em 2012, a situação foi a mesma: em nenhum deles o número de candidatos foi maior que o de vagas.





Além dos baixos salários, outra reclamação dos médicos é a falta de segurança para trabalhar nas unidades de saúde. Desde o fim do ano passado, o contrato com a empresa que fazia o serviço foi rompido.

Em nota, a Secretaria de Segurança Comunitária informou que desde o fim do contrato com a empresa de vigilância, as unidades de saúde contam com a presença de um guarda municipal. Já sobre os salários e plano de carreira, a Secretaria de Gestão de pessoas afirmou que vem buscando atender todas as demandas dos profissionais da saúde da melhor forma possível.

Sobre o processo para a contratação de médicos, que terminou na sexta-feira (15), a prefeitura informou que das 73 vagas oferecidas foram contratados 27 profissionais. A nota explica ainda que, no processo seletivo anterior, realizado no fim do ano passado, 11 médicos foram contratados e continuam atendendo na rede.

Para a Secretaria de Gestão de Pessoas, esses números mostram ‘a atenção do profissional de saúde com a atual administração e vice e versa’. A nota diz ainda que hoje 637 médicos atuam na rede municipal de saúde.

Fonte: G1





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